quinta-feira, 17 de agosto de 2006

As visões se clareando

Feijão com arroz? Ou arroz com feijão?
Que coisa mais sem importância! Que diferença faz o que se coloca primeiro no prato?
Só que muita criança (e também muito adulto) vai deixar o prato de lado e não vai conseguir comer se você colocar primeiro o arroz e depois o feijão. Afinal, não é assim que ela está acostumada.
Pênalti?
Bola cruzada e aquele bolo de jogadores dos dois times na área. Um atacante cai. Há jogadores encobrindo parcialmente a visão do juiz e a do bandeirinha. O juiz apita. Metade do estádio vai ao delírio; a outra metade vaia.
O jeito como a gente vê as coisas acaba determinando o que a gente faz ou aquilo que a gente escolhe. E isso tem importância, sim! Poder ver melhor é poder agir melhor.
A gente se acostumou com a idéia de que a natureza estava aí, desde sempre, pronta. Que Deus deu a Terra pra gente dominar, mandar e desmandar. E que a Ciência é capaz de resolver todos os problemas porque ela existe para conhecer e, conhecendo, prever e, prevendo, dominar tudo o que existe.
E onde é que a gente foi parar levado por essa idéia?
Mas tem muita gente que pensa diferente. E nos convida a superar essa visão que levou o mundo à beira do abismo em que se encontra hoje. Eles nos dizem que, olhando melhor, é possível perceber que todas as coisas do mundo estão ligadas: o sol, a lua, as pedras, os bichos e as plantas e as pessoas (também!).
Esses laços que nos unem são frágeis: um nó que se desfaz vai enfraquecendo outros nós. A natureza busca refazer o equilíbrio das relações. Mas não vai nunca voltar a ser o que era. Cabe a nós, a cada um de nós, contribuir para que a humanidade continue fazendo parte desse novo equilíbrio que a natureza está buscando.

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